Trabalhadoras conseguem resgatar a identidade cultural da cidade e geram renda para as famílias
A Associação teve início sob orientação do Sebrae na Bahia. Com o passar dos anos, as artesãs conquistaram mercado, melhorando a qualidade de vida, firmando a marca e a padronização do produto. Costureiras e lavradoras com pouca expectativa de independência econômica hoje se dizem “donas do próprio nariz”. Mas, a mudança na vida dessas mulheres não veio do dia para noite. Além de acreditar no que produziam, elas ganharam experiência participando de cursos técnicos e de feiras de artesanato.
Atualmente, essas trabalhadoras comemoram o reconhecimento nacional e internacional. A Associação integra o programa Talentos do Brasil, uma iniciativa do governo federal em parceria com o Sebrae, que busca estruturar a atividade artesanal com base na produção agregada e sustentável.
Um dos pontos de destaque do artesanato é a utilização de elementos da identidade cultural da cidade. Após pesquisa, foi observado, por exemplo, que as letras das cantigas das lavadeiras da beira do Rio Preto poderiam ser bordadas em fitas coloridas que decoram almofadas, vestidos, camisas, travesseiros e chaveiros.
A ideia de bordar as letras surgiu através de consultorias do Sebrae para se chegar a um produto genuinamente cultural de Santa Rita de Cássia. Hoje, essas mulheres são conhecidas como bordadeiras de poesias e cantigas e possuem uma boa variedade de produtos.
As mulheres também se tornaram multiplicadoras do conhecimento. Elas ensinam o bordado dentro do Programa Estadual Pontos de Cultura. “Temos essa gratidão com a cidade que nos cedeu inspiração cultural e agora devolvemos dividindo o que aprendemos, estimulando novas artesãs”, explicou a associada Isabel da Rocha.
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